O procedimento feito com luva estéril e realizado desde 1890 ganha repercussão e vira caso de polícia

 

dreno

Veículos de comunicação noticiaram nesta última segunda-feira (13) o caso de um garoto de apenas nove anos de idade que fez um procedimento médico na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da zona Leste da capital, onde a mãe da criança teria, após o ocorrido, registrado um boletim de ocorrência na Central de Polícia, alegando que os profissionais de saúde da unidade teriam suturado e esquecido uma luva dentro do ferimento do menino. O caso ganhou repercussão na capital e logo em seguida também foi motivo de chacota para estudantes e profissionais da saúde.

O médico Diovandres Henrique Muniz, que é Clínico Geral e atende na unidade explicou que acompanhou de perto o caso. Ele contou a Assessoria de Comunicação do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) que o garoto deu entrada na UPA na tarde do último domingo (12), acompanhado por um vizinho com um corte profundo no joelho, que segundo a criança, teria sido causado por um pedaço de tijolo.

Durante o atendimento o garoto recebeu anestesia, teve o ferimento lavado e suturado logo em seguida. Na ocasião, o médico que realizava os procedimentos, por falta de dreno de penrose, acabou improvisando um dreno ao utilizar uma luva estéril com furo nos dois lados para drenar qualquer tipo de secreção a fim de evitar um abcesso. O médico fez o curativo, colocando uma gase por cima do ferimento e encaminhou o paciente para um exame de raio-x. O procedimento não foi realizado, porque segundo a equipe médica, os mesmos deixaram a unidade de saúde e não fizeram o exame.

Segundo o Dr. Diovandres a mãe da criança, que provavelmente foi refazer o curativo dia depois, voltou a unidade nesta segunda alegando que haviam esquecido uma luva dentro do ferimento de seu filho. Ele e outros três médicos tentaram, sem sucesso, convencer a mãe de que aquele procedimento era o correto. “Ela não acreditou em ninguém. Explicamos que esse é um procedimento feito quando não há dreno de penrose e que essa improvisação é realizada desde 1890” acrescentou Muniz.

A tutora chegou na unidade já acompanhada da imprensa e alegando que registraria um boletim de ocorrência. A mesma afirmou que procuraria seus direitos e que iria buscar atendimento no Hospital Infantil Cosme e Damião. “Explicamos que ela precisa trazer o filho para retirar o dreno após três dias. Caso contrário, a cicatrização pode ficar comprometida” finalizou o médico ao informar que estão aguardando o paciente.

Foto: News Rondônia

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