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Cerca de 2% da população no Brasil tem psoríase e muita destas pessoas nem sabem sequer que têm a doença. A estimativa é que mais de 3 milhões de brasileiros sejam acometidos pela doença e o tratamento errôneo ou a falta dele, desencadeia vários outros problemas de saúde. Este foi o assunto debatido no último final de semana no auditório do Cremero em Porto Velho durante o Encontro de Psoríase de Rondônia, um evento totalmente gratuito e aberto à comunidade, que contou com a participação de médicos, estudantes de Medicina e demais profissionais da área da saúde.

Outro dado relevante apresentado durante o evento foi a questão genética. Desses 2%, trinta por cento já teve caso na família. Homens e mulheres tendem a ter mesma incidência de psoríase e a faixa etária mais comum é de 16 aos 60 anos, podendo ser antes ou depois. “Um dos maiores erros ainda é achar que a psoríase é uma doença emocional” alertou o dermatologista e doutor em Ciências da Saúde Dr. Cid Yazigi Sabbag que veio de São Paulo para palestrar no encontro.

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A psoríase é uma doença imunológica e inflamatória e o que a desencadeia são as infecções que mexem com o sistema imunológico de defesa. “Há uma correlação entre a infecção e o sistema imunológico. Se uma pessoa tem por exemplo, amigdalite, pode, meses depois, apresentar lesões na pele” explicou o especialista.

A causa é multifatorial e passa pela predisposição genética. A doença pode surgir em qualquer fase da vida, influenciada pelo ambiente do indivíduo, pelo uso de medicamentos ou estresse, fatores que interferem no sistema imunológico, fazendo com que as células da epiderme comecem a se dividir aceleradamente. Por isso, a pele fica com aspecto engrossado e formam-se escamas, que depois se soltam.

De acordo com os especialistas um dos maiores problemas ainda é a demora no diagnóstico. A doença pode-se apresentar em partes isoladas do corpo, e desta forma, serem tratadas de forma errônea: como caspa no couro cabeludo, alergia na palma da mão ou na planta do pé, micose nas unhas e até mesmo artrose, mas que na verdade trata-se de uma artrite da psoríase.

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Um dos maiores problemas enfrentados pelo paciente ainda é o preconceito, assunto discutido pelo Psicólogo e Psicoterapeuta também de São Paulo, Milton Sabbag Jr, que também falou sobre o papel da família na recuperação da autoestima, estabilização da doença, sentido de vida e o auto preconceito. “A doença tem tratamento e não é contagiosa mas ainda assim a desinformação tem desencadeado uma série de problemas sociais com o paciente” relatou.

Nos últimos anos descobriu-se que a psoríase da pele e/ou das articulações podem levar a alterações em outros órgãos, levando ao desenvolvimento da síndrome metabólica, aumentando os índices de colesterol, triglicérides e da glicemia. O aumento do peso é bastante comum, pois há relação entre a psoríase e a obesidade.

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O evento, coordenado pelo médico Dr. Luiz Fernando, também contou com a participação do Dr. Gilberto Natalini, médico cirurgião geral e vereador de São Paulo, do vereador Aleks Palitot, da secretária municipal de saúde Eliana Pasini e do conselheiro e diretor do Cremero, Dr. Leonardo Moreira Pinto. O evento integrou o projeto de Educação Médica Continuada do Cremero.

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