Diante da necessidade premente de união de esforços em torno da superação dos inúmeros problemas que afetam o Sistema Único de Saúde (SUS), são completamente inadequados os comentários pejorativos feitos por autoridades que se mostram desconectadas da realidade a respeito do trabalho dos profissionais da saúde, em especial dos médicos, bem como da própria dinâmica de funcionamento do SUS.

Frequentemente pacientes, médicos e demais profissionais da saúde são constrangidos por comentários feitos por gestores, inclusive do ministro Ricardo Barros, que distorcem as dificuldades enfrentadas pelo SUS, como ocorreu nesta quinta-feira (13), no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Na incapacidade de responder aos anseios da população, transferem para as categorias da área da saúde, sobretudo para os médicos, a culpa pela grave crise que afeta a rede pública. No entanto, polêmicas infundadas não eximem o Estado de suas responsabilidades ou afasta a compreensão da falta da indispensável atenção administrativa.

Os brasileiros sabem disso. Pesquisa do Datafolha, realizada no fim do ano passado, comprovou que os médicos constituem a profissão que mais conta com credibilidade e confiança junto a população. Além disso, segundo os dados, a sociedade reconhece que a falta de estrutura de atendimento e a má gestão, entre outros fatores, impedem o pleno exercício da medicina, em favor dos pacientes e de seus familiares.

Apenas o trabalho articulado de gestores e de todos os setores envolvidos com essa crise, o que inclui os médicos e os demais profissionais da área, assim como a sociedade em geral, ajudará a trazer as respostas esperadas pelos brasileiros, em especial os 150 milhões que dependem exclusivamente do SUS.

O Conselho Federal de Medicina (CFM) e a Associação Médica Brasileira (AMB) reiteram seu compromisso com o SUS e conclamam a todos que comungam do mesmo ideal, inclusive os gestores – nas esferas municipal, estadual e federal – a somarem esforços evitando contendas ou divisões, as quais somente afastam o País da oferta de uma saúde pública de qualidade para todos.

 

Brasília, 13 de julho de 2017.

 
CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA

ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

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