Uma realidade diferente vem assombrando os médicos que trabalham nas Unidades de Saúde da Família de Porto Velho. O local que teoricamente deveria servir apenas para consultas com agendamentos passou a realizar atendimentos de urgência que deveriam ser feitos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). Preocupados, membros do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) e profissionais envolvidos na questão se reuniram, na semana passada, com o secretário Municipal de Saúde Domingos Sávio solicitando providencias, reinvindicação muito cobrada pelo presidente do Conselho Rodrigo Almeida.

Reunião na Semusa

“Quando começamos no Cremero, havia a questão da falta de médicos para a realização dos plantões, além da inexistência de alguns medicamentos. Depois, isso foi melhorado, mas parece que algumas situações já podem ser vistas novamente. Mas a outra questão que tem nos preocupado, e muito, é o fato de que às vezes o PSF está na UPA e a UPA está no PSF, ocorrendo um desvirtuamento da maneira dessas unidades agirem”, disse Rodrigo.

O secretário municipal de saúde citou que um dos principais problemas enfrentados pela Semusa é o baixo número de equipes do programa Saúde da Família. Conforme contou, há 77 grupos em Porto Velho, quando seriam necessários 160, expoente que não será alcançado segundo o mesmo, porque a prefeitura municipal não tem condições da fazê-lo, nessa gestão, devido à lei de responsabilidade fiscal. Domingos Sávio também admitiu que algumas unidades da capital encontram-se sem pintura, móveis, telhado em más condições, além da falta de medicamentos e médicos plantonistas.

Para o corregedor do Cremero Robson Machado, a principal causa do problema de inversão de papéis entre os PSFs e as UPAs é a falta de planejamento da parte técnica. “Não estão sendo respeitados os agendamentos e o companheiro médico tem que se virar para o atendimento de urgência que não deveria ser feito ali. Está havendo esta troca para os que trabalham nos PSFs, que são mais teóricos do que práticos”, observou.

Ciente das análises feitas sobre a situação preocupante das Unidades de Saúde da Família de Porto Velho, o secretário acatou a sugestão do presidente do Cremero de criar um conselho para estudar as possíveis soluções dos problemas enfrentados por cada unidade do município.

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