A Demografia Médica no Brasil 2020 confirmou também o que o CFM denuncia há anos: há falta no país de políticas públicas que fixem os médicos e demais agentes de saúde no interior do país. Isso fica evidente na análise dos números. Enquanto nas 27 capitais a média é de 5,65 médicos por mil habitantes, nas cidades do interior é de 1,49. No comparativo entre as regiões, as capitais do Norte têm 2,94 médicos por mil habitantes, seguidas pelas capitais do Nordeste (5,30), Centro-Oeste (5,44), Sudeste (6,15) e Sul (8,35).

Para mostrar como é irregular a distribuição dos médicos nos estados, o Demografia Médica criou o Indicador de Desigualdade, que revela a diferença entre a presença de médicos nas capitais e nos municípios do interior. “Esses dados dão suporte para que o Cremero possa orientar os gestores da saúde sobre como melhorar as condições de trabalho de forma a atrair com qualidade esses profissionais para as regiões mais carentes. Mas é um trabalho totalmente de informação e orientação, ética ou profissional, a escolha é particular”, destacou o presidente do Conselho Regional de Medicina, Dr. Robinson Machado.

O indicador é resultado da divisão entre a razão de cada capital e a razão das regiões do interior do respectivo estado. “Quanto maior o Indicador de Desigualdade, maior a concentração de médicos na capital. No Brasil como um todo, esse indicador é de 3,80 – resultado da divisão entre a razão das capitais, que é de 5,65, e a razão dos municípios do interior, que é de 1,49 médico por mil habitantes”, esclareceu o coordenador da pesquisa, professor Mário Scheffer.

 

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