Conforme confirmado pela Demografia Médica 2020, não faltam médicos no Brasil, mas sim uma melhor distribuição desses profissionais pelos Estados brasileiros. As regiões Norte (1,30) e Nordeste (1,69) apresentam uma média menor do que o índice nacional de 2,94 médico por mil habitantes. Apesar de ser um Estado de grande potencial econômico, Rondônia, confirma esse número por não conseguir atrair profissionais e nem fixar os que aqui se formam, pauta de preocupação constante discutida pelo Conselho Regional de Medicina do Estado (Cremero).

Pela primeira vez na série histórica, nenhum Estado apresentou razão menor do que um (1) médico por mil habitantes. No Norte, que tem uma taxa 43% menor do que a média nacional, a maior proporção de médicos é encontrada no Tocantins, com média de 2,01. A menor aparece no Pará (1,07). “O médico precisa ter segurança financeira e de infraestrutura, além de uma rede de referência e contrarreferência. Sem essas condições, é quase impossível fixar qualquer profissional em alguns locais”, argumentou Dr. Mauro Ribeiro, presidente do CFM.

Rondônia apresenta 1,78 médicos por mil habitantes. “Essa desigualdade na distribuição dificulta o acesso da população aos cuidados em saúde de qualidade. Apostamos nas ações do Estado e municípios através de seus gestores, para que por meio de políticas que promovam condições de trabalho e remuneração adequada, possam conquistar a vinda e permanência dos médicos e outros profissionais nestas áreas”, reforçou o presidente do Cremero, Dr. Robinson Machado.

Iniciativa privada x pública

Além das desigualdades regionais, a Demografia Médica também mostra que há uma concentração de médicos na iniciativa privada, que geralmente oferece melhores condições de trabalho. De acordo com o estudo da USP, 50,2% dos médicos atuam na iniciativa privada e no serviço público, 28,3% trabalham apenas na iniciativa privada, seja por meio dos planos de saúde, ou em consultórios particulares, e 21,5% atendem apenas no serviço. Com isso, a força de trabalho na iniciativa privada é de 78,5% e, no serviço público, 71,7%.

 

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