Instituído oficialmente em abril deste ano, o Julho Verde, mês nacional do Combate ao Câncer de Cabeça e Pescoço, tem sido responsável pela união de entidades e organizações da sociedade civil para a realização de inúmeras ações com objetivo de informar e conscientizar toda a sociedade. O Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) apoia o movimento da Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ACBG Brasil) que chega a sua 6ª edição com o tema “Autocuidado é SobreViver”, que busca conscientizar a sociedade e alertar sobre os males da doença, contribuindo para que os pacientes tenham acesso à informação e a um tratamento integral, sendo reabilitados e incluídos com seus direitos na sociedade.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os cânceres de cabeça e pescoço ocupam o terceiro lugar no ranking, com 7% dos 700 mil novos casos de câncer anuais. Em Rondônia a estimativa para o câncer de laringe registra 4,14 casos para 100.000 homens e 0,71 para 100.000 mulheres. “São cerca de 40 mil novos casos de tumores originados em regiões das vias aéreo-digestivas, como boca, língua, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe e seios paranasais. Os principais fatores de risco para estes tumores são o consumo de tabaco e álcool, má higiene bucal, infecção viral pelo vírus do papiloma humano (HPV), exposição excessiva ao sol, exposição durante o trabalho à poeira de madeira, poeira de têxteis, pó de níquel, colas, agrotóxicos, amianto, sílica, benzeno e muitos outros produtos radioativos. Portanto, aos primeiros sintomas, busque um médico ou um dentista”, alertou Melissa do Amaral Ribeiro de Medeiros, fundadora e presidente da ACBG Brasil.

Segundo o fonoaudiólogo Paulo da Silveira Júnior, responsável pela reabilitação dos pacientes em uma unidade oncológica no Estado, a ACBG desde sua fundação criou a partir de voluntários um grupo de apoio aos pacientes que realizaram a laringectomia total e perderam a voz natural, para receberem através de doações as laringes eletrônicas, benefício este que apenas agora é disponibilizado pela tabela SUS. “Antes do acesso a reabilitação vocal, presenciamos pacientes que se adaptaram e desenvolveram sua voz sozinhos, alguns que aprenderam a ler e escrever pela ausência da voz e outros que também tiveram uma nova vida após a reabilitação vocal por meio da laringe eletrônica. É fundamental o trabalho multidisciplinar de prevenção, diagnóstico, tratamento e também de reabilitação”, ressaltou o fonoaudiólogo.

Sintomas e sinais que durem por duas semanas ou mais:

  • Feridas na boca que não cicatrizam;
  • Mudança na voz ou rouquidão por mais de duas semanas;
  • Manchas vermelhas ou esbranquiçadas na região bucal;
  • Dificuldade para mastigar ou engolir;
  • Irritação ou dor na garganta;
  • Perda de peso sem motivo aparente;
  • Mau hálito frequente;
  • Ferida no rosto que não cicatriza;
  • Dentes moles ou dor em torno deles.

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