coletiva

 

O anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (27) durante entrevista coletiva no auditório do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero). A estimativa mais pessimista foi anunciada pela médica e conselheira Dra. Ana Lúcia Escobar, que fez a projeção levando em consideração dados do centro de Pesquisa Clínica do Hospital de Sabará, e de outros dois artigos internacionais já publicados, um pela China, e outro, pelos Estados Unidos.

A estimativa mais otimista prevê um número de 134.582 casos em todo o estado, ainda conforme a professora titular do Departamento de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (Unir). Seu relatório também apresentou números relacionados à demandas de internações em leitos das Unidades de Terapia Intensiva (UTIs), fator que preocupa toda a classe médica haja visto o número de leitos disponíveis. De acordo com os gráficos apresentados, o surto da doença deverá acontecer a partir da segunda quinzena de abril.

A alta capacidade de contágio também foi um dos temas abordados durante a coletiva. O especialista em Medicina de Emergência e conselheiro Dr. Vinicius Ortigosa Nogueira apresentou um panorama da atual situação da Covid-19 em todo o país assim como as medidas de controle para amortizar a curva.

De acordo com o médico conselheiro, cerca de 10% da população de Porto Velho com mais de 50 anos de idade irão desenvolver a doença, o que estima um número de 7.400 infectados. Mais de mil e cem pessoas irão necessitar de internação hospitalar. Destes, 370 precisarão ser internados em Unidade de Terapia Intensiva. Levando em consideração a população da capital, a estimativa é que de início, a ela precise dispor pelo menos 124 leitos de UTIs.

coletiva2

 

E é exatamente aí que está o problema, segundo o presidente do Cremero, Dr. Spencer Vaiciunas. “Rondônia não possui leitos de UTI suficientes para as estimativas de possíveis doentes. A taxa de ocupação dos leitos em nosso Estado é em torno de 90%” alertou o presidente ao afirmar que autarquia tem cobrado constantemente as autoridades municipais e estaduais com relação a um plano de contingência.

“A impressão que a gente têm é que não foi-se criado ainda um local adequado para o atendimento da população infectada. O Cemetron, que já faz o atendimento de pacientes com doenças tropicais, não é suficiente” alertou o médico, vice-corregedor do Cremero e conselheiro federal, Dr. Cleiton Cassio Bach ao reafirmar a necessidade de se achatar a curva de contágio do coronavírus através do isolamento social, para que o sistema de saúde consiga atender a demanda.

Youtube Instagram Facebook
Aviso de Privacidade
Nós usamos cookies para melhorar sua experiência de navegação no portal. Ao utilizar o Portal Médico, você concorda com a política de monitoramento de cookies. Para ter mais informações sobre como isso é feito, acesse Política de cookies. Se você concorda, clique em ACEITO.