O Plenário do CFM também recebeu na tarde de quinta-feira o médico João Veiga Filho, coordenador executivo do Comitê de Prevenção aos Acidentes de Moto de Pernambuco (Cepam). Emergencista no Hospital da Restauração há mais de 25 anos, o médico pernambucano fez um estudo epidemiológico sobre a evolução dos tipos de atendimento realizado na urgência do hospital e concluiu que os acidentes com motos são hoje uma epidemia. “Na década de 1990, a maioria dos casos que recebíamos na urgência era por armas brancas ou de fogo. Hoje, os acidentes com motos respondem por mais de 70% dos atendimentos. Não temos condições financeiras e humanas para atender tantos pacientes”, afirmou.

O médico propôs que os governos assumam a decisão política de fiscalizar com mais rigor os motociclistas, quanto no que diz respeito ao uso de capacetes, quanto à direção sob o efeito do álcool. De forma coadjuvante devem ser realizadas campanhas educativas. “Fizemos um estudo e concluímos que apenas as campanhas publicitárias são insuficientes. É preciso fiscalizar com rigor”, defendeu João Veiga Filho.

Durante a plenária, foram veiculadas três peças publicitárias, produzidas pelo governo de Pernambuco, com situações de mortes envolvendo acidentes com motos. As imagens emocionaram os conselheiros presentes. “Lembrei-me do tempo em que trabalhava como intensivista, quando tinha de comunicar ao algum pai ou mãe a morte de um filho em decorrência de um acidente automobilístico”, afirmou o conselheiro federal por Minas Gerais, Hermann Tiesenhausen, que propôs a realização de uma ação para tentar diminuir o número de acidentes com motos. O conselheiro propôs que o CFM, em conjunto com o Ministério da Saúde, realizasse alguma ação em defesa da preservação da vida.

“Estamos participando de alguns grupos de trabalho com o Ministério da Saúde e podemos propor uma atuação conjunta”, afirmou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Carlos Vital. A proposta recebeu a anuência dos demais conselheiros.

Fonte: CFM

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