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Os dados são alarmantes: 32 pessoas tiram a própria vida por dia no Brasil, o que equivale a uma pessoa a cada 45 minutos. Em todo o mundo, há uma tentativa falha de suicídio a cada 3 segundos e uma definitiva a cada 40. São em média um milhão de pessoas que tiram a própria vida em todo o planeta. Os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) são assustadores e a estimativa é que até 2020 a depressão seja a principal causa de doenças no mundo inteiro.

E foi pensando em fazer um alerta sobre a temática que médicos, estudantes de medicina, psicólogos e outros profissionais da área da saúde que atendem nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPs) realizaram na tarde do último sábado em Porto Velho uma campanha para abrir o “Setembro Amarelo”, mês mundialmente conhecido como o de conscientização sobre a prevenção do suicídio. As ações que envolveram até a realização de atividades físicas, aconteceram na praça Skate Park na zona Leste da capital.

Segundo o médico psiquiatra e vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) Dr. Robinson Cardoso Machado Yaluzan o suicídio já virou um problema de saúde pública. Ainda de acordo com ele, os casos têm aumentado em todas as faixas etárias, em especial, entre crianças e adolescentes. “O suicídio já é a terceira causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos em nosso país. Quando uma pessoa comete esse ato ela não quer a morte. Ela quer se livrar da dor” ressalta o especialista.

O aumento da taxa entre crianças e adolescentes já é uma realidade em Porto Velho. De acordo Lana Assis, diretora do CAPs Infanto-Juvenil, a unidade realiza diariamente cerca de 50 atendimentos de crianças e adolescentes que tentam tirar a própria vida. “Muitos se cortam e se mutilam” enfatizou.

A estudante do sexto ano de medicina da Fimca, Ana Caroline Barbosa, participou das atividades no Skate Park. “Precisamos entender de uma vez por todas que a depressão não é frescura e esse é um assunto que precisa ser discutido” salientou.

A programação também contou com a presença e participação da secretária da Semusa, Eliani Pasini, que, em sua oportunidade, ressaltou a importância de alertar e sensibilizar a população sobre o assunto. “Nosso objetivo é diminuir esses índices e falar sobre o problema é um início” disse Pasini. Quem também participou da atividade foi o Departamento de Média e Alta Complexidade (Demac) da Semusa. “Passou-se muito tempo sem falar sobre o assunto. Não dá mais para fechar os olhos. A sociedade está adoecendo e precisamos ficar alertas” avalia a diretora Francisca Neri, ao ressaltar a importância de levar às unidades básicas esses trabalhos de prevenção.

Mais de noventa por cento dos casos de suicídio estão relacionados a transtornos mentais e a depressão é a principal causa. Para o vice-presidente do Cremero, na maioria das vezes o problema não está no adolescente. O médico enfatiza que a desestruturação na família sem participação ativa dos pais é um fator predominante nos casos de depressão em jovens. “Estamos todos nesta luta pela vida e queremos mostrar que sim, ainda vale a pena viver” finalizou Dr. Robinson Cardoso.

O Setembro Amarelo foi criado com o apoio do Centro de Valorização da Vida (CVV) uma associação civil sem fins lucrativos que presta serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção do suicídio através do telefone 188 ou do site www.cvv.org.br.

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