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Conselho Regional de Medicina

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O sentimento de ineficácia frente ao coronavírus é enorme entre os profissionais de saúde, principalmente pela falta de pesquisas na área, não há tempo para estudos e tudo é novidade. Além do conviver tenso pelo risco de ser contaminado a qualquer momento, os profissionais de saúde também lidam, diariamente, com a inquietação de contaminar membros de suas famílias. O planeta vive uma guerra com um inimigo invisível. E os principais soldados contra o novo coronavírus (Covid-19) são os profissionais da área da saúde. Não obstante serem corajosos e heroicos, eles também são seres humanos e partilham da grande percepção de medo perante a pandemia. A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para os profissionais de saúde, durante os atendimentos é um dos mais prováveis receios. A preocupação de contágio não é só com a falta dos equipamentos, pois, após atender um paciente suspeito é preciso desinfetar todo o consultório, estetoscópio, aparelho de pressão, termômetro, a maca, cadeira que o paciente sentou, a caneta, enfim, tudo. De acordo com a conjectura, teria que ficar um tempo sem atender naquele local, mas não há consultório suficiente. Uma ansiedade maior é refletir na possibilidade de muitos profissionais da saúde morrerem de Covid-19 por causa da sobrecarga de trabalho, misturado com este medo de infecção e da falta de recursos dos serviços de saúde. No entanto, em meio a tantas ansiedades, tem sido deixado de lado aqueles que, sem o cuidado necessário, podem ser facilmente infectados e disseminarem o vírus nesse momento de tensão: os profissionais da área da saúde. Como Presidente do Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia –Cremero, o receio maior é com a saúde de nossos profissionais. Em reunião com outros conselhos de classes e sindicatos da área da saúde e considerando que os profissionais de saúde enfrentam o coronavírus no corpo a corpo, reivindicamos ao Governo do estado e Secretário de Saúde estadual que todos os profissionais da área de saúde que estão atuando no enfrentamento ao COVID-19 sejam testados, caso apresentem sintomas da doença, leves, graves ou até mesmo nenhum sintoma. A medida é fundamental para a contenção da doença e uma forma de evitar uma possível falta de profissionais.

DR. SPENCER VAICIUNAS

Presidente do Cremero

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