Chegou ao fim na sexta-feira (22/05) a 24ª Semana do Fígado do Rio de Janeiro, promovida pelo Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (GFRJ). Ao longo de três dias de programação, especialistas brasileiros e estrangeiros debateram e apresentaram novidades sobre estudos da hepatologia, como cirrose, obesidade e hepatite. Os hepatologistas também tiveram a oportunidade de discutir as novas condutas para tratamento da Hepatite C no Brasil, em consulta pública até 5 de junho.

Presidente do Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (GFRJ), o hepatologista Carlos Terra destacou a importância do encontro para o aprendizado e atualização dos profissionais e agradeceu a todos que ajudaram ao longo dos dois anos de gestão: “O congresso foi muito satisfatório do ponto de vista cientifico. É uma oportunidade de debate e confraternização entre grandes nomes da hepatologia no Brasil e do mundo”.

A classe também discutiu o novo protocolo clínico para Hepatite C, elaborado pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que viabiliza a utilização de novos medicamentos e condutas para o tratamento da doença. De acordo com Terra, as mudanças representam um avanço para a hepatologia brasileira, mas precisam de alguns ajustes: “A portaria é muito positiva porque absorve novas ferramentas para o tratamento, mas consideramos que ela poderia ser mais abrangente, contemplar drogas já aprovadas pela Anvisa e considerar estudos com metodologias mais adequadas e robustas”.

O Grupo de Fígado do Rio de Janeiro (GFRJ) estimulou os congressistas a opinarem na consulta pública, tanto na abertura do evento quanto em manuais de votação incluídos nas pastas. Além disso, nos próximos dias o GFRJ e a Sociedade Brasileira de Hepatologia devem elaborar um documento a ser enviado ao Ministério da Saúde com nossas recomendações e sugestões.

“A ideia é que a posição das entidades médicas tenha peso para rever algumas posições”, explica Terra, que também destaca que algumas drogas podem ter uso mais abrangente do que o proposto pela Portaria e que pacientes com a doença em estado inicial também devem ser tratados. Atualmente, apenas pacientes em estado avançado de Hepatite podem receber tratamento: “Sabemos que o melhor efeito do tratamento é quando conseguimos impedir o paciente de chegar à doença avançada. Queremos sensibilizar o Ministério da Saúde para também tratar este paciente”, comenta.

A 24ª Semana de Fígado do Rio de Janeiro também abordou temas como a poluição na Baía de Guanabara, que pode provocar hepatites, e o uso indiscriminado de suplementos alimentares e produtos fitoterápicos.

Fonte: Grupo de Fígado do Rio de Janeiro

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