Nos dias 31 de julho e 1º de agosto, o Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia (Cremero) realizou, no auditório da autarquia, o Fórum da Comissão de Ensino Médico Regional de Rondônia.

O evento, que teve como foco a qualidade da formação médica, abordou as mudanças que podem afetar o ensino médico e as novas diretrizes curriculares.

O presidente do Cremero, Dr. Rodrigo Almeida palestrou sobre a viabilidade das avaliações sucessivas dos estudantes de medicina e o impacto na graduação nos termos da Lei 12871/2013, que institui o “Programa Mais Médicos”.

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Segundo ele, é fundamental avaliar a qualidade do ensino médico e a formação dos especialistas através da residência médica. “É através deles que irão se formar os profissionais que vão atender a nossa sociedade e com bons profissionais temos boa qualidade no atendimento médico e é isso que o CRM quer que a população tenha”, enfatizou Rodrigo Almeida.

Ainda na programação preliminar o órgão organizou palestras sobre planejamento para adequação aos termos da lei das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), conforme o número de vagas de graduação e residência médica.

Sobre assunto palestrou a diretora e professora da Faculdade São Lucas, Hélia Rocha que disse considerar o Fórum um espaço para a discussão do que está estabelecido hoje na legislação atual e o que de fato é possível fazer pela educação médica em Rondônia.

“É uma oportunidade de nos socializarmos, de aprendermos com o outro, é um ambiente rico que nós, enquanto instituição de ensino não podemos perder a oportunidade de estar para demonstrar o nosso trabalho, trocar experiências e estabelecer uma auto avaliação e, dessa forma, saber como estamos nesse cenário e assim programar o crescimento e a evolução da nossa proposta enquanto instituição formadora” ressaltou a professora.

O médico convidado, Dr. Marcelo Barbisan de Souza, membro diretor da Associação Nacional de Médicos Residentes abordou a Lei 6932/1981 que dispõe sobre as atividades do médico residente e a DCN 2014, destacando a autonomia da residência médica no âmbito da seleção dos profissionais residentes.

Segundo Barbisan, existe uma grande dificuldade na integração dos serviços de assistência à saúde, ou seja, a falta de estrutura e condições de trabalho nos hospitais e unidades básicas de saúde compromete a qualidade de ensino médico.

“Atualmente esses locais não comportam uma estrutura adequada e nem condições de se adequar ao que a legislação atual prevê nas diretrizes em termo de formação do médico. Precisamos de capacitação de profissionais que serão professores e que ensinarão os alunos e nossos futuros médicos”, destacou o médico.

A delegada da Associação Brasileira de Ensino Médico – Regional Rondônia (ABEM), Dra. Claudete Martins de Lima disse que existe uma preocupação por parte da associação com os caminhos que estão trilhando o ensino médico.

“Eventos como este servem para que possamos escutar os profissionais, as instituições, os residentes e os alunos. Dessa forma, podemos tirar daqui alguma garantia que nos faça melhorar cada vez mais. Queremos avançar, mas não na contramão do Governo, e sim, mostrar que as mudanças que estão acontecendo podem vir de encontro aos nossos anseios”, decalrou a delegada.

Entre os organizadores do evento o Cremero destaca a participação da médica, Dra. Rita de Cássia Ferreira Lima, que contribuiu para o sucesso do evento. Segundo a médica, eventos como o Fórum da Comissão de Ensino Médico são fundamentais para a manutenção e a qualidade do ensino e do exercício médico.

“São temas que devem ser debatidos e discutidos sempre. Ganham os médicos e ganha a sociedade”, encerrou Dra. Rita de Cássia.

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